Porém, as ditas “regras” nem sempre são eficazes, e a prova
disso é a quantidade de criminalidade que chega até nós todos os dias através
dos media, ou ate mesmo que, eventualmente, possamos presenciar nas nossas vilas,
cidades, país…
Mas não é esse sentido da palavra “regra” que me leva a
escrever este texto. Refiro-me àquelas que regem os nossos relacionamentos para
com os outros, para com o mundo, ou até mesmo as regras que nós próprios
criamos e consideramos como padrões para as nossas vidas. Chamar-lhes-ei “regras
obsoletas”.
As regras que nós (seres humanos desde a sua existência)
criamos, muitas delas baseadas em “mitos” sem fundamento, só servem como um
obstáculo à nossa felicidade.Vejamos o papel das mulheres na sociedade. Actualmente, uma
mulher consegue interagir em quase perfeita conformidade com um homem e com as
actividades que deste sempre foram “aceites”. Porém, existe quem ainda veja
essa condição como algo reprovável, considerando-a imoral e defendem mesmo que haja
diferentes condutas para cada um dos sexos. Mas quem é o “alguém” com direitos para considerar
moral ou imoral algo que faz uma mulher feliz? Não encontro argumentos…
Embora se tente ir contra esse tipo de especulação, a
verdade é que não conseguimos evitar o constrangimento de saber que estamos a
ser julgados pela sociedade, embora saibamos que esta é vitima de influências dos padrões e
“regras obsoletas” de tempos passados.
Algo que é comum ouvir, por parte de muitos seres pensantes, são
lamentações sobre as suas vidas monótonas e rotineiras. E no fundo a culpa é
das regras pois “rotineiro” vem de rotina e a rotina nada mais é que um
conjunto de regras criadas por cada um com o objectivo de organizar as
suas vidas, mas que acabaram por transforma-las em algo extremamente aborrecido,
chato e sem objectivo de força maior. Se essas regras não existissem, se
decidisse-mos usar o relógio somente para as actividades das quais depende a nossa vida, não existiriam limites e desfrutaríamos muito mais de cada dia.
Sair de casa sem hora para voltar, explorar lugares e sítios, desfrutando daquilo de que melhor eles nos têm para oferecer, invés de nos preocupar-mos tanto
com os ponteiros do relógio.
Porque que nos limitamos, quando o mundo é um vastíssimo
espaço livre e cheio de descobertas à nossa espera?
No fundo, não sabemos porque vivemos nem o que se segue após
a morte… a única certeza que realmente temos é que existem sensações que nos
fazem sentir bem e é para elas que devemos viver, assim como a única regra
social convencionada a ter em conta dever-se-ia chamar "felicidade"…
JulietaC.
JulietaC.
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