(não costumo escrever
acerca de mim directamente, na primeira pessoa, mas desta vez é inevitável)
“Não sei quem sou… quero conhecer-me” … quantas vezes me
deparo com tais expressões…
Tento fazê lo, é um facto… mas sempre que o faço mais me
confundo e acabo por ir contra os meus princípios, estes que tomam diferentes
valores consoante o estado de espírito O que me sinto hoje, posso
considerar insólito amanha…
Mas afinal, quem sou eu? Esta pergunta bate e bate no cérebro
criando uma autêntica batalha, onde cada princípio tenta superar o outro e, no
fim, “o caminho continua por explorar”…
Resumindo, a força da minha personalidade reside unicamente em
alguns valores fixos e indiscutíveis aos quais serei fiel até morrer. O resto
funciona como água e azeite, não se fundem.
Esta falta de formação acerca de mim mesma impossibilita-me de
agir em diversas situações e uma delas é escrever… dependendo da minha
aspiração, comporto-me de modos diferentes, escrevo diferente e, no fim, sinto
o censurar por parte dos outros “eus” que me julgam, defendendo os seus valores
e tentando dominar o rumo da história.
E a esses mesmos “eus” , resolvi dar um nome e usa-los devidamente
sempre que me exprimir através deles.
Iria Detori, Samanta Lee - e a fusão das duas – Julieta C. .Irei desvendando-as (ou até mesmo conhecendo-as) à medida que se forem manifestando e expressando pelo escrita.
No fundo, sei que todas as personalidades com que me
identifico não passam de vontades excêntricas que vivem aprisionadas pela
existência regras que as condicionam…
Julieta C.
Penso que é o que acontece, em maior ou menor grau, com menos ou mais frequência, com cada um de nós. Ainda que, por vezes, tenhamos a sensação de que os dias são iguais e de que a nossa vida não sai do lugar, cada dia é diferente do anterior e cada circunstância vai revelando facetas de nós que desconhecíamos. O importante é, dentro doa altos e baixos, conseguirmos manter um equilíbrio que assente num conjunto de valores que nos define e nos individualiza como pessoas. :)
ResponderEliminarÓtima definição do nosso estado interior e desta instabilidade de personalidade que, de facto, deve ser comum a todos os seres pensantes... A uns mais que outros é claro... Gostei "deep" :)
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