quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Regras Obsoletas



     Essenciais numa sociedade, as regras são a base da “civilização” no seu sentido literal. É única e simplesmente graças a elas que é possível controlar a grande massa de seres humanos que habitam o nosso planeta.
     Porém, as ditas “regras” nem sempre são eficazes, e a prova disso é a quantidade de criminalidade que chega até nós todos os dias através dos media, ou ate mesmo que, eventualmente, possamos presenciar nas nossas vilas, cidades, país…
     Mas não é esse sentido da palavra “regra” que me leva a escrever este texto. Refiro-me àquelas que regem os nossos relacionamentos para com os outros, para com o mundo, ou até mesmo as regras que nós próprios criamos e consideramos como padrões para as nossas vidas. Chamar-lhes-ei “regras obsoletas”.
     As regras que nós (seres humanos desde a sua existência) criamos, muitas delas baseadas em “mitos” sem fundamento, só servem como um obstáculo à nossa felicidade.Vejamos o papel das mulheres na sociedade. Actualmente, uma mulher consegue interagir em quase perfeita conformidade com um homem e com as actividades que deste sempre foram “aceites”. Porém, existe quem ainda veja essa condição como algo reprovável, considerando-a imoral e defendem mesmo que haja diferentes condutas para cada um dos sexos. Mas quem é o “alguém” com direitos para considerar moral ou imoral algo que faz uma mulher feliz? Não encontro argumentos…
      Embora se tente ir contra esse tipo de especulação, a verdade é que não conseguimos evitar o constrangimento de saber que estamos a ser julgados pela sociedade, embora saibamos que esta é vitima de influências dos padrões e “regras obsoletas” de tempos passados.




      Algo que é comum ouvir, por parte de muitos seres pensantes, são lamentações sobre as suas vidas monótonas e rotineiras. E no fundo a culpa é das regras pois “rotineiro” vem de rotina e a rotina nada mais é que um conjunto de regras criadas por cada um com o objectivo de organizar as suas vidas, mas que acabaram por transforma-las em algo extremamente aborrecido, chato e sem objectivo de força maior. Se essas regras não existissem, se decidisse-mos usar o relógio somente para as actividades das quais depende a nossa vida, não existiriam limites e desfrutaríamos muito mais de cada dia. Sair de casa sem hora para voltar, explorar lugares e sítios, desfrutando daquilo de que melhor eles nos têm para oferecer, invés de nos preocupar-mos tanto com os ponteiros do relógio.
     Porque que nos limitamos, quando o mundo é um vastíssimo espaço livre e cheio de descobertas à nossa espera? 
     No fundo, não sabemos porque vivemos nem o que se segue após a morte… a única certeza que realmente temos é que existem sensações que nos fazem sentir bem e é para elas que devemos viver, assim como a única regra social convencionada a ter em conta dever-se-ia chamar "felicidade"…

JulietaC.

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